20/06/11

Cerca de metade do sangue recolhido em Portugal não é aproveitado

Lisboa, 20 de Junho de 2011

São muitos e insistentes os apelos que são feitos através das muitas Associações e grupos existentes para além de outras entidades para que os Portugueses e Portuguesas dêem sangue.

Apelos que regra geral são correspondidos por muitos e muitas cidadãos/ãs que de forma gratuita e desinteressada doam muitos litros de sangue.

Ficámos agora a saber que por falta de equipamento adequado para extrair os derivados de plasma do sangue recolhido, praticamente metade da sua totalidade não é aproveitada, continuando os derivados a serem comprados no estrangeiro por valores anuais que rondam os 70 milhões de euros.

De acordo com o que foi tornado público bastaria ser celebrado um protocolo com Espanha que possui um centro para extracção dos derivados de plasma e Portugal tem superavit de sangue, para ser resolvida tão incompreendida quanto inadmissível situação, com vantagens financeiras para ambos.

Mas, tendo em consideração os objectivos traçados pelos sucessivos Governos e respectivos Ministérios para a área da saúde fácil é concluirmos que mais importante do que poupar muitos milhões de euros na aquisição dos derivados de plasma, é o aumento das taxas moderadoras, redução na comparticipação dos medicamentos e encerramentos de serviços, para além de outras.

Face à possibilidade de ser resolvida com benefícios claros a situação em causa o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP exige que sejam tomadas as decisões que se tornem necessárias para pôr cobro a tão aberrante situação.



Grupo Permanente do MUSP