11/05/11

Medidas impostas pela troika

Lisboa, 11 de Maio de 2011

São drásticas para a maioria da população Portuguesa as medidas que a troika impôs ao Governo “PS/Sócrates”, serventuário dos interesses dos grupos económicos, aceites e consideradas como boas pelos partidos PSD e CDS/PP.
Para além do aumento dos impostos já em vigor, outros vão ser criados penalizando sobretudo a maioria das famílias e pessoas com rendimentos mais baixos, em contrapartida são reduzidos os impostos a pagar pelas empresas, e a banca como de costume sai incólume deste pacote.
A acrescentar aos aumentos dos impostos e à criação de outros também os bens e serviços essenciais vão sofrer aumentos significativos nomeadamente aos níveis dos transportes que já em Janeiro deste ano sofreram aumentos em alguns casos superiores a 5%, a electricidade que para além do aumento do seu custo deixará de ter preço regulado e o IVA que pagamos sobre a energia consumida passará de 6% para 13% ou mesmo para 23% situação agravada com a criação de um novo imposto também o preço do gás vai deixar de ser regulado, situações que nos geram grandes preocupações, basta vermos o exemplo do que se passa com os combustíveis e outros produtos com preços não regulados.
Caso viessem a ser concretizadas tão drásticas quanto injustas imposições transversais a todos os serviços e áreas de actividade, afirmamos sem qualquer tipo de dúvida que as condições e qualidade de vida da maioria da população Portuguesa seriam brutalmente agravadas e postas em causa senão mesmo suprimidas funções sociais a que o Estado está obrigado a garantir e os respectivos serviços públicos.

Grupo Permanente do MUSP

06/05/11

Saudação

Lisboa, 5 de Maio de 2011
O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP vem através da presente saudação, saudar a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública e através da mesma todos os sindicatos seus filiados pela convocação de tão importante quanto necessária acção de luta e protesto marcada para amanhã 06/05/11, contra as políticas de direita promovidas pelo Governo PS/Sócrates.
Confiamos sinceramente que tal acção seja participada por muitos milhares de trabalhadores e que devido a tal participação a mesma se assuma como uma grandiosa manifestação de oposição e repúdio face a tão desastrosas quanto injustas decisões políticas que o Governo tem tomado em prejuízo dos trabalhadores da Administração Pública como sejam a redução e congelamento dos salários, o direito ao trabalho, pondo em causa para além destas a própria qualidade dos serviços prestados às respectivas populações.

Reiterando tal confiança, somos com respeitosos e cordiais cumprimentos o


Grupo Permanente do MUSP

Negociata entre o Governo Português e a troika

Lisboa, 04 de Maio de 2011
De forma populista e demagógica a que aliás já nos habituou o Primeiro Ministro José Sócrates do Governo demissionário veio ontem anunciar ao país e aos portugueses a parte que mais lhe interessava do resultado obtido na negociata entre o Governo e a troika.

Como se não fossem direitos básicos e elementares dos trabalhadores, reformados e pensionistas, veio o Primeiro Ministro dizer-nos que os subsídios de férias e Natal vão ser pagos, que as reformas e pensões mais baixas não serão reduzidas, que não vão haver despedimentos na Administração Pública, etc., etc..

O que não são direitos, antes se assumem como situações de autêntico escândalo, mas que o Primeiro Ministro não quis informar-nos são o aumento das taxas moderadoras para acesso aos serviços de saúde, a redução do número de pessoas que actualmente são isentas do seu pagamento, a redução das deduções para efeitos de I.R.S., o aumento do IVA, a redução do valor do subsídio de desemprego e do tempo que os desempregados podem usufruir do mesmo, o congelamento dos salários, reformas e pensões vão manter-se, alterações às relações de trabalho, privatização de empresas e serviços públicos, e o encerramento de escolas do ensino básico, e que dos 78.000 mil milhões de euros atribuídos como empréstimo 12.000 mil milhões (na proporção de 1 euro por cada 7 que vão chegar) vão directos aos bancos para usufruto de uns poucos (os mesmos de sempre) com os do costume a pagarem.

Considerando o que referimos e tendo por certo que a par destas medidas outras nos vão ser impostas porque é duma imposição que se trata e não de uma negociação, em benefício claro e evidente dos mais poderosos, com consequências gravíssimas para a maioria das pessoas e famílias portuguesas, o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP manifesta a sua total oposição e repúdio a mais uma cedência e capitulação do governo português face aos interesses e objectivos dos grupos económicos, da Alemanha e Bruxelas.

Grupo Permanente do MUSP