13/08/10

Proposta da Entidade Reguladora para aumentar preço da água

Lisboa, 13 de Agosto de 2010
Como se não bastassem os aumentos já concretizados dos bens e serviços de primeira necessidade em consequência do aumento do IVA (o imposto mais cego e injusto) que o Governo nos impôs a pretexto da crise económica e social que uns os mais pobres pagam e outros os mais ricos originaram, mas que da mesma tiram benefícios, vem agora a Entidade Reguladora para o sector da água propor o aumento do seu preço em valores muito significativos.
Se aos aumentos já concretizados juntarmos o congelamento dos salários da maioria dos trabalhadores portugueses fácil é concluirmos que sistematicamente o poder de compra e nível da qualidade de vida destes e das suas famílias têm vindo a degradar-se.
A proposta dos aumentos da água para além de agravar as condições de vida das populações, assume-se também como condição favorável para a sua privatização, objectivo pretendido pelo Governo e exigido pelos grandes grupos económicos, situação que a concretizar-se acarretaria nefastas consequências particularmente para os consumidores de menores recursos económicos e para a economia nacional.
Pelas situações referidas e ainda por considerarmos que a água é um bem comum a que todo o ser humano tem direito independentemente da sua condição económica e social, o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP manifesta-se contra a proposta de aumentos do preço da água da responsabilidade da Entidade Reguladora.


Grupo Permanente do MUSP

05/08/10

Hospital São Gonçalo em Amarante vai funcionar sem cirurgiões aos fins-de-semana

Os utentes dos serviços de saúde são confrontados quase diariamente com situações que põem em causa os seus direitos.
Agora foram os utentes do Hospital de São Gonçalo em Amarante que ficaram aos fins-de-semana sem a valência cirúrgica situação que em caso de necessidade da prestação de cuidados nesta valência os obriga a deslocarem-se para Penafiel.
Muito possivelmente tal decisão não obedeceu a qualquer outro critério que não o economicista, sendo mais uma vez secundarizados os direitos dos utentes com os prejuízos e incómodos a recaírem sobre os mesmos.

Grupo Permanente do MUSP

Governo quer acabar com os chumbos nos exames escolares

A Ministra da Educação de forma pouco pensada e muito simplista veio recentemente tornar público que o Governo pretende acabar com os chumbos nos exames escolares.
Baliza as suas afirmações em exemplos de outros países cujos sistemas de ensino estão muito mais avançados do que o nosso, não por desmérito dos seus profissionais mas por opções políticas postas em prática pelos sucessivos governos incluindo o actual.
Quando se encerram escolas para se concentrarem centenas de alunos nos denominados agrupamentos escolares, com muitos a percorrerem grandes distâncias para terem acesso às escolas em zonas do país já de si muito isoladas, quando há um permanente conflito com os professores, quando muito provavelmente através dos cortes nos subsídios sociais vão ser prejudicados muitos jovens estudantes do Ensino Superior.
Quando tudo isto é feito em sentido inverso ao que acontece nos países que agora são usados como exemplo pela Sra. Ministra.
Perguntamos, como é possível avançar com tais propostas que na situação actual do nosso sistema de Ensino mais não visam do que o facilitismo e a sua banalização.
Face aos motivos que referimos o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP manifesta-se contra a proposta do Governo apresentada pela Sra. Ministra.

Grupo Permanente do MUSP