09/01/07

Apoio e solidariedade às Acções de Protesto das Comissões e Utentes dos Transportes Públicos de Passageiros do Porto


(Nota à Comunicação Social)


Lisboa 08 de Janeiro de 2007

O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) manifesta o seu total apoio e solidariedade às muitas acções de protesto que têm acontecido diariamente na cidade do Porto e outras promovidas pelas Comissões e Utentes dos Transportes Públicos contra as alterações introduzidas pela STCP ao sistema das carreiras de autocarros e contra a supressão de mais de uma dezena.

Manifestando total desprezo e desrespeito pelos utentes dos transportes e numa clara demonstração de arrogância e prepotência tipo quero, posso e mando, a Administração da referida empresa introduziu significativas alterações no sistema de transportes, suprimindo também mais de uma dezena de carreiras, medidas que a concretizarem-se acarretarão para os respectivos utentes enormes problemas e prejuízos.

Considerando como muito negativa a actuação da Administração da empresa em todo o processo, o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) reafirma o seu apoio e solidariedade às justas acções de protesto já realizadas e às que venham a ser realizadas pelas Comissões e Utentes.



Grupo Permanente do MUSP

Protesto contra as alterações dos STCP



MOÇÃO
(Aprovada na Manifestação da Avenida dos Aliados)


Os Utentes dos STCP - Transportes Colectivos do Porto concentrados na Avenida dos Aliados em 4 de Janeiro de 2007, face ao processo de reestruturação das carreiras dos STCP que se traduziu na redução do número de autocarros, em que locais de habitação e emprego assim como importantes serviços públicos que ficam sem acesso a transportes públicos, criam percursos mais curtos, maior frequência nos transbordos, aumento dos tempos de viagem até aos locais de destino, agravamento dos custos de viagens e a não devolução do dinheiro das viagens por gastar:

Manifestam o seu protesto por não terem sido acautelados os direitos dos utentes, exigindo que nenhuma população saia prejudicada deste processo de reestruturação;

Responsabilizam o Conselho de Administração dos STCP e o governo por esta situação;

Exigem a suspensão da actual reestruturação das carreiras dos STCP até que entre em funcionamento a Autoridade Metropolitana de Transportes;

Mandatam o Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metropolitana do Porto no sentido de fazer chegar este protesto aos órgãos de soberania, às entidades competentes e à comunicação social, assim como proceder às diligências necessárias para resolver os problemas ocasionados pela actual reestruturação dos STCP.


Porto, 4 de Janeiro de 2007

05/01/07

Os Portugueses vão pagar mais caro os Serviços e os bens de consumo


(Nota à Comunicação Social)


Lisboa 05 de Janeiro de 2007

O Primeiro Ministro, através da mensagem de Natal transmitida pela televisão para todos os Portugueses, falou sobre um País virtual que a grande maioria destes não conhece nem se revê nele, omitindo ou fingindo o Primeiro Ministro não conhecer ou saber que o País real que a grande maioria dos Portugueses conhece e faz parte é aquele onde diariamente acontecem os despedimentos, onde os salários aumentam, os que aumentam, em valores inferiores aos da inflação, onde aumentam os custos dos transportes, da electricidade, do pão, dos combustíveis, das portagens e taxas moderadoras, onde são criadas novas taxas para os internamentos e tratamentos ambulatórios nos Hospitais, onde são aumentados os subsídios para o Ensino Privado mas reduzidos os valores para o Ensino Público, onde são encerrados Serviços de Saúde, estações e postos dos CTT, escolas, postos da GNR, onde são suprimidos transportes onde são aumentados os custos para acesso aos tribunais, onde constantemente e de forma deliberada e intencional são acusados de maus funcionários os trabalhadores da Função Pública, onde por proposta do Governo é aprovada uma lei que põe em causa o futuro da Segurança Social e os direitos dos reformados, onde os deficientes vêem ser-lhes retirados direitos que tinham por sofrerem de deficiência, onde a Banca e os grandes negócios feitos através de operações bolsistas que geram lucros fabulosos pagam, quando pagam, impostos de valores menores dos que os cobrados às restantes empresas, incluindo as pequenas, onde é dada luz verde à aquisição da PT através da OPA feita pelo Grupo Sonae que vai lesar o Estado em muitos milhões de Euros por não pagamento de impostos prejudicando também gravemente trabalhadores e clientes da PT.

Este sim é o País real, aquele para onde a grande maioria dos portugueses foi empurrada devido às políticas que este e os anteriores Governos desenvolveram, políticas que contribuíram para que os ricos sejam cada vez mais ricos e os pobres sejam cada vez mais pobres, havendo mesmo cerca de dois milhões que vivem abaixo ou no limiar da pobreza.

É contra estas políticas pouco solidárias, geradoras de grandes injustiças sociais e discriminatórias entre regiões e cidadãos que o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) se manifesta, exortando os portugueses e portuguesas, enquanto utentes e trabalhadores e trabalhadoras, a também continuarem a fazê-lo exigindo políticas que tenham em conta o direito ao trabalho, a melhor qualidade de vida e bem estar através da prestação de melhores serviços e mais justiça social.


Grupo Permanente do MUSP